Mas afinal, existe um ”salvador” para o rock?


No dia 22 de março de 1963, a música ganhou uma ”sobrevida” - que como toda vida, tem seu fim - com o lançamento de Please Please Me, o primeiro do até então desconhecido grupo Beatles.

Aquela banda dos ”bons moços” de Londres que se tornaram donos de 13 álbuns e também responsáveis por canções como ”Hey Jude”, ”Let it Be”, a pop ”Here Comes the Sun” e por outras centenas de músicas.  Junto com os Rolling Stones - sim…aquele grupo que tinha um tal de Keith Richards e um tal de Mick Jagger reproduzindo ”I Can’t Get No(Satisfaction)”, ”Paint it Black” nos pubs em que frequentemente tocavam -  levaram os jovens ao questionamento(também conhecido como rebeldismo), levaram também os pais das menininhas ao delírio e o mais importante, levaram o até então desconhecido rock n’ roll ao seu ápice.

Talvez o lema Sexo, Drogas e Rock n’ Roll valesse a pena, não é mesmo? Jamais três palavras foram tão valorizadas. Na época, era uma questão de honra ter milhares de fãs à espera por um novo EP, LP ou até mesmo por um refrão, mas parece que isso não nos pertence mais. O amor a música, a vontade de escrever mais um verso, parece ter desaparecido…é a sobrevida, citada no início do texto, que chegava ao seu fim.


Em algumas palavras, avançamos a situação da música em 50 anos. De 1963 até 2013. Dentre essas 5 décadas, surgiram bandas e houve uma considerável evolução no conhecimento da música e também pela busca por coisas novas.

The Kinks, The Who, The Clash, The Ramones, The Sex Pistols, Black Sabbath, Pink Floyd, The Yardbirds, Led Zeppelin, Black Flag, Aerosmith, Twisted Sister, Kiss, Metallica, Motörhead, Guns n’ Roses e por aí vai.

Assistindo a um programa na MTV, na noite passada, muito se falou em que tal fulano era conhecido como o ”salvador do rock” o que me levou rapidamente a pensar: ”salvador do rock?” e cheguei à uma linha de pensamento que está sendo construída neste artigo.

O rock morreu?(Pense avaliando todas as coisas que ainda existem, todas as músicas e as bandas que se encaixam nas vertentes e chegue à uma ideia); Ele precisa de um salvador? Certamente, o rock não morreu. Temos algumas bandas em atividade que de um jeito ou de outro comprovam a minha ideia sem muito esforço: Foo Fighters, por exemplo.

O rock não morreu e não irá morrer, apenas teve parte de sua qualidade perdida. Mas para que esta qualidade não se perca ainda mais, é necessário que valorizemos todo o trabalho que envolve bandas independentes, é preciso que valorizemos o que temos em nossas mãos para que sempre continuemos com músicas novas, discos novos e até mesmo relançamentos.


Ouçam também os trabalhos de Black Keys, Queens of the Stone Age…opções é o que não faltam.